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O Wikileaks está a desenvolver a versão não censurada do Wikipédia visando a divulgação e análise de documentos em grande escala cuja fonte não poderá ser rastreável. O nosso primeiro interesse recai sobre os regimes opressores na Ásia, no ex-bloco soviético, na África Subsariana e no Médio Oriente, mas são também bem-vindos todos aqueles que pretendem revelar comportamentos anti-éticos por parte de governos e corporações ocidentais. Nós ambicionamos o máximo impacto político; isto significa que o nosso interface é idêntico ao da Wikipédia e acessível a qualquer pessoa, mesmo pelas que não possuem elevados conhecimentos informáticos. Já recebemos mais de 1.2 milhões de documentos provenientes de comunidades dissidentes espalhados por todo o mundo e de fontes anónimas.

Nós, acima de tudo, acreditamos que a transparência nas actividades do governo reduzem a corrupção, melhoram os governos e fortalecem as democracias. Muitos governos beneficiariam de um aumento do escrutínio público, quer ao nível nacional quer à escala global. Nós cremos que esse escrutínio requer informação, mas historicamente a revelação desta informação tem sido paga caro –por vezes à custa da própria vida humana e/ou dos direitos humanos. O Wikileaks vem promover a segurança dentro de um movimento ético das fugas de informação.

O Wikileaks expõe os documentos em fuga a um escrutínio público bem mais preciso e abrangente do que qual meio de comunicação ou agência de inteligência pode garantir. O Wikileaks oferece um fórum, um espaço livre de debate, onde a comunidade global poderá analisar cada documento quanto à sua credibilidade, plausibilidade, veracidade e falseabilidade. Ela será capaz de interpretar documentos e explicar a sua relevância para o público. Se um documento é proveniente do governo chinês, a comunidade inteira de dissidentes chineses poderão livremente analisar e discutir os factos revelados por tal documento; se um documento chega do Irão, toda a comunidade Farsi poderá à luz do seu contexto fazer a sua própria análise. A nossa primeira amostra de análise pode ser acedida através da “news page”, e oferece uma ideia do que o Wikileaks se irá tornar. O Supremo Tribunal Americano fez uma declaração sobre os documentos do Pentágono que “apenas uma imprensa livre e sem restrições poderá efectivamente expor as tentativas de decepção por parte do governo”. Nós concordamos!

A referida declaração acrescentava que “o objectivo último de uma imprensa livre reside no seu dever de impedir que qualquer elemento ou secção do governo engane e/ou oculte a verdade aos seus cidadão e que os mande para terras distantes para que morram por causa febres desconhecidas ou de tiros inimigos.”

Nós acreditamos que não são apenas as pessoas de um país que mantém o seu governo no caminho correcto e a agir honestamente, de igual importância são cidadãos de outros países se se mantiverem vigilantes em relação às acções desse mesmo governo. Por todas essas razões! chegou o tempo em que uma avenida anónima global divulgará os documentos que todos os cidadãos têm direito de ver.

Voluntários são bem-vindos! Quase toda a gente tem capacidades que poderão ser úteis para o Wikileaks. Para mais detalhes ver a secção About Wikileaks/pt.

Supporte do Wikileaks.

"O conceito é arrojado e eu desejo toda a sorte do mundo para este projecto” - Daniel Ellsberg

O que é o Wikileaks.org (Wikifugas)? Porquê “wikar” as fugas de informação?

O Wikileaks é a versão não censurada do Wikipédia e visa a divulgação e análise de documentos em grande escala cuja fonte não poderá ser rastreável. O Wikileaks associa a protecção e o anonimato proporcionados pela utilização das mais recentes tecnologias de criptografia, à transparência e simplicidade de um interface Wiki.

O princípio da “fuga de informação” alterou o curso da história para melhor; ele consegue alterar o rumo da história no presente; ele pode nos encaminhar para um futuro melhor.

Tomemos o exemplo de Daniel Ellsberg que trabalhou para o governo americano durante a guerra do Vietname. Ele entrou em contacto com artigos do Pentágono e meticulosamente guardou consigo planos militares e estratégicos ao longo da guerra. Esses artigos revelaram a forma escandalosa como o governo dos EUA enganou o seu próprio povo sobre a referida guerra. Até recentemente o público e os meios de informação de nada sabiam sobre estas informações de primeira importância. Na realidade, o secretismo das leis é usado para manter a ignorância do público sobre as grosseiras irregularidades praticadas pelo seu próprio governo. Enfrentando o segredo da lei e sob um elevado risco pessoal, Ellsberg conseguiu divulgar os documentos aos jornalistas e revelou os factos ao mundo. As inúmeras penas criminais que enfrentou e que eventualmente acabaram por ser retiradas, e a divulgação dos documentos em fuga choca o mundo inteiro e ajudam a desmascarar as acções do governo, contribuindo quer para o encurtar da guerra quer para salvar milhões de vidas.

O poder do conceito de “fuga de informação” que se materializa na sua capacidade de fazer embaraçar governos, corporações e instituições é claramente demonstrado pela história recente. O escrutínio público sobre assuntos que de outra forma não viriam a ser conhecidos pressionam directamente as instituições a agirem dentro dos códigos de ética que são exigidos em qualquer estado de direito democrático. Quem se atreveria a uma transacção corrupta e secreta sabendo que esta será muito provavelmente descoberta? Que plano repressivo poderá ser levado a cabo quando este é do conhecimento não só dos cidadãos do país em questão mas dos de todo o mundo? Quando os riscos de embaraço aumentam através de uma maior abertura e honestidade, todas as forças se viram contra a conspiração, corrupção, exploração e opressão. Um governo aberto luta contra a injustiça, não é o seu causador. Um governo aberto é a forma mais custo-eficiente para promover a boa governação.

Hoje em dia, a existência de governos autoritários espalhados por todo o mundo, o aumento das tendências autoritárias em governos ditos democráticos, e o aumento do poder nas mãos das corporações, fazem com que a necessidade para abertura e democratização seja maior do que nunca.

Wikileaks é a ferramenta certa para satisfazer tal necessidade.

Wikileaks reduz o risco corridos pelos divulgadores das fugas de informação e melhora análise e disseminação dos documentos em fuga. Wikileaks permite a divulgação de documentos de uma forma anónima e não rastreável através de meios simples e directos.

Ao mesmo tempo, o Wikileaks expõe os documentos a um escrutínio muito mais minucioso do que algum meio de comunicação ou agência de inteligência alguma vez o permitiria: o julgameno de uma comunidade global formada por informados editores, leitores e correctores do wiki. Em vez de um grupo restrito de especialistas, o Wikileaks irá garantir um fórum à escala planetária que irá examinar os documentos no diz respeito à sua credibilidade, plausibilidade, veracidade e falseabilidade. Eles serão capazes de interpretar documentos e explicar a sua relevância ao público. Se um documento diz respeito ao governo chinês, toda a comunidade dissidente chinesa terá um acesso livre e irrestricto para analisar os documento em questão; se um documento referente à Somália é revelado, toda a comunidade refugiada poderá enquadrá-lo no seu contexto e dessa forma analisá-lo e averiguar a sua relevância; e assim por diante

O Wikileaks poderá se tornar a mais poderosa agência de inteligência em todo o planeta – uma agência de inteligência controlada por todos nós. Tornar-se-á uma fonte aberta, uma agência de inteligência democrática e universal. Para além do mais, levará bem mais em conta os princípios a que se propoẽ e será de longe menos folclórica que qualquer agência de inteligência governamental; consequentemente, será mais precisa e relevante. Não servirá os interesses nacionais ou corporativos, não cederá a grupos de pressão; os seus únicos objectivos serão a verdade e a liberdade de informação. Ao contrário de actividades encobertas, características em agências de inteligência governamentais, o Wikileaks informará com toda a independência e transparência à revelia dos interesses estabelecidos sobre as verdades do mundo em que vivemos.

O Wikileaks será um abrigo para qualquer oficial do governo, qualquer burocrata, ou qualquer trabalhador de uma corporação que vê nas suas mãos informações de interesse público mas que pod motivos sombrios são mantidas secretas. O que a consciência não consegue guardar para si e o secretismo institucional injustamente esconder, o Wikileaks conseguirá revelar ao mundo.

O Wikileaks será um fórum aberto sobre a deserção ética em incontáveis casos de abuso de poder em prejuízo do povo.

Como funcionará o Wikileaks?

Para o utilizador o Wikileaks parecer-se-á e muito com o Wikipedia. Qualquer um pode inserir textos, qualquer um pode editá-los. Nenhum conhecimento tecnológico é necessário. Os denunciadores poderão deixar aqui os seus documentos em anonimato e sem a possibilidade de serem rastreados. Os utilizadores poderão discutir publicamente documentos e confrontá-los com outros documentos, analisando a sua credibilidade e veracidade. Os utilizadores poderão discutir as interpretações, os contextos em que as fugas se inserem e formular publicações colectivas. Os utilizadores poderão também ler e escrever artigos explicativos sobre os documentos revelados enquadrando-os com outras informações e com o seu próprio contexto histórico e social. A relevância política dos documentos e sua veracidade será analisada por milhares de pessoas.

O Wikileaks irá incorporar também tecnologias criptográficas avançadas garantindo que os autores das fugas se mantenham em anonimato e sejam não rastreados. Para tal serão usados sofisticadas técnicas criptográficas e matemáticas reduzindo ao mínimo os riscos corridos pelos divulgadores da informação, quer sejam estes relacionados com repercussões políticas, sanções legais ou violência física.

Para todos aqueles interessados em pormenores técnicos, o Wikileaks incorpora tecnologia de versões modificadas do FreeNet, Tor, PGP, e software por nós desenhado.

O Wikileads será impermeável a quaisquer ataques políticos e legais. Nesse sentido poder-se-á dizer que é imune à censura.

Quem está por detrás do Wikileaks?

O Wikileaks foi fundado por dissidentes chineses, matemáticos e técnicos de novas empresas dos E.U.A, Taiwan, Europa, Australia e África do Sul. O nosso quadro consultivo, que ainda se encontra em formação, inclui representantes das comunidades de expatriados russos, refugiados tibetanos, jornalistas, um ex-analista da agência americana de inteligência e criptógrafos.

Há ja de mais de um milhar de voluntários registados.

Qual é a vossa relação com a Wikipédia?

O Wikileaks não tem nenhuma relação formal com a Wikipédia. No entanto ambos usam o mesmo interface e tecnologia. Ambos a mesma abordagem, a mesma filosofia radical de democracia que consiste em permitir a qualquer pessoa em ser autor e editor de artigos levando isso a uma vasta e detalhada acumulação de inteligência e conhecimento. Ambos depositam a sua confiança numa comunidade informada de cidadãos. O que a Wikipédia é para uma enciclopédia, o Wikileaks será para as fugas de informação.

A Wikipédia é um exemplo dos princípios em que o Wikileaks se baseia. O sucesso da Wikipédia em providenciar informações precisas e permanentemente actualizadas tem baralhado e surpreendido muitos. A Wikipédia mostra que o conhecimento colectivo de uma comunidade informada de utilizadores pode produzir quantidades astronómicas de informação exacta, de uma forma rápida, democrática e transparente. O Wikileaks pretende transportar este fenómeno para a sua própria esfera de acção, providenciando uma rápida e precisa divulgação, verificação, análise, interpretação e explicação dos documentos revelados, para benefício todas as pessoas.

Em que estágio de desenvolvimento se encontra o Wikileaks?

O Wikileaks desenvolveu um protótipo cujo teste foi um sucesso, mas existem ainda um conjunto de detalhes relevantes em desenvolvimento antes de poder ser garantida a escala pretendida – o acesso universal. Nós necessitamos de fundos adicionais, o apoio de comunidades dissidentes, grupos de direitos humanos, jornalistas e representantes dos media (como consumidores dos documentos), aprofundamento da abrangência linguistica , editores/analistas voluntários, e operadores no servidor.

Já recebemos 1.2 milhões de documentos. Planeamos numericamente eclipsar o conteúdo da versão inglesa da Wikipédia e em seu lugar colocar os documentos em fuga.

Todos os interessados em ajudar-nos nesta causa de alguma das formas em cima mencionadas deverá contactar-nos através do nosso endereço electrónico.

Quando é que o Wikileaks iniciará em funções?

Nao podemos dar ainda uma data exacta, mas iremos divulgar porções do sistema e exemplos de fugas aos poucos ao longo dos próximos tempos.

Aonde posso aceder a uma amostra de um documento em fuga?

Um documento em fuga, “Inside Somalia and the Union of Islamic Courts” e uma análise desse mesmo documento é acessível através da Inside Somalia and the Union of Islamic Courts.

Não poderão algumas das fugas de informação envolver a invasão de privacidade?

  • Não será a divulgação em grande escala de documentos irresponsável?
  • Não serão alguns dos documentos deliberadamente falsos conduzindo os seus leitores a julgamentos errados?

Providenciar um fórum com acesso universal envolve riscos de abuso, mas medidas estão a ser tomadas para minimizar os males subsequentes. Na verdade, a forma mais fácil e mais efectiva de combate a documentos fraudulentos é, precisamente, o acesso livre aos referidos documentos por uma comunidade informada de utilizadores e editores que poderão analisar e discutir os conteúdos dos documentos em fuga.

Preocupações em relação à privacidade, irresponsabilidade e falsa informação também surgiram aquando da criação da Wikipédia. Na Wikipédia, a publicação ou edição irresponsável de materiais, a publicação de falsas informações, pode ser revertível pelos outros utilizadores. Não há nenhuma razão para esperar que venha a ser diferente com o Wikileaks, De facto, como foi descoberto com a Wikipédia para surpresa de muitos, o conhecimento colectivo de uma comunidade informada de utilizadores pode garantir uma rápida e exacta divulgação, verificação e análise de documentos.

Para além do mais, falsas fugas e falsas informações representam hoje em dia uma corrente popular entre os meios de informação convencionais, tal como a própria história recente demonstra. O exemplo mais flagrante e reconhecível é aquele que conduziu à guerra no Iraque. Divulgadores de falsas informações não encontrarão o seu espaço no Wikileaks, já que este se encontra equipado com o referido sistema de escrutínio que nenhum meio de informação tem em seu poder. Um exemplo análogo é este enredo envolvendo o governo britânico que por motivos políticos incluiu informações no dossier Iraque por forma a condicionar a opinião pública.

Em todo o caso, o nosso objectivo fundamental é o de garantir um fórum onde informações embaraçosas poderão expor a injustiça. Todas as nossas acções serão desenvolvidas com esse objectivo em mente.

Está o Wikileaks preocupado as consequências legais dos seus actos?

As nossas origens têm por base comunidades dissidentes e estamos focados fundamentalmente sobre regimes autoritários não ocidentais. Consequentemente, acreditamos que um ataque legal com motivações políticas seria antes de mais uma imprudência por parte dos governos ocidentais. No entanto, estamos preparados técnica e estruturalmente, para lidar com a eventualidade de tais ataques. Desenhámos um software, e promovemos a agenda dos direitos humanos, mas os servidores são e serão conduzidos por voluntários anónimos. No caso muito pouco provável de sermos enfrentados por qualquer tipo de coerção para tornar o nosso software complacente com algum tipo de censura, haverão muitos outros que continuarão o seu trabalho noutras jurisdições.

São as fugas de informação eticamente correctas?

Nós somos os primeiros apoiantes de um comportamento ético em todas as circunstâncias. Todas as pessoas são capazes de definir o seu próprio conceito de justiça à luz da sua consciência. Aonde há restrições de liberdade e injustiça na lei, há espaço para o princípio de desobediência civil. Aonde o simples facto de revelar uma informação cria embaraços a um regime ou expõe um crime, nós reconhecemos um direito, na verdade, um dever para agir. Normalmente, tais denúncias envolvem significativos riscos pessoais. Da mesma forma que já existem leis em determinadas jurisdições para proteger autores de fugas, o Wikileaks providenciará meios e oportunidades para minimizar os referidos riscos.

Nós propomos que todos os governos autoritários, todas as instituições opressivas, e até todas as corporações corruptas sejam sujeitas a pressões, não apenas pela diplomacia internacional ou pelas leis internacionais de informação, nem apenas pelas eleições quadrianuais, mas por algo de longe mais poderoso: a consciência individual de todos os envolvidos em tais acções.

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